LUIZA FRANCO
DO RIO
No ano em que o Rio sediará os Jogos Olímpicos, a União da Ilha, segunda escola a desfilar na Sapucaí neste domingo (7), quis contar uma história sobre como os deuses do Olimpo vieram para a cidade e não quiseram mais ir embora.
Conhecida pelo tom jocoso de seus desfiles, a escola brincou com referências à cidade no samba e nas fantasias. “Ser carioca é tipo assim: / Paixão, prazer, amor sem fim”, dizia a letra, citando a expressão carioca.
Numa ala de “tipos cariocas”, mostrou figuras como “o marombado” e “garota de Ipanema”. O destaque foi para a comissão de frente. Ela trouxe oito dançarinos cadeirantes que fizeram acrobacias no chão e no topo de um carro que representava um templo grego.
Entre os carros, o ponto alto foi o segundo, chamado “Na Terra Onde O Sol É Mais Dourado”. Um imenso sol feito de luzes de led “se punha” e “nascia”, deitando e se reerguendo.
Num carro que representava uma favela carioca a escola botou atletas olímpicos, como Tande, Giba e Jaqueline, e figuras clássicas do esporte carioca, como o surfista Rico de Souza.
Desde a concentração, os fãs da escola já agitavam bandeiras. O samba, no entanto, não chegou a empolgar a platéia, que cantava sem muito ânimo. Mas era comum ver o público apontar e rir das fantasias.
Antes da União da Ilha do Governador, passou pela Sapucaí a escola Estácio de Sá, que fez homenagem a São Jorge.