LUIZA FRANCO
DO RIO
O carnavalesco que tirou a Mangueira de um sufoco de mais de dez anos sem um título de Carnaval carioca, Leandro Vieira, disse, após a vitória da escola nesta quarta-feira (10), que “fez uns ajustes” na escola para fazê-la vencer.
“A Mangueira é uma escola muito conservadora –a diretoria, os componentes. O que eu tentei fazer foi trazer para a escola um Carnaval moderno. Usei muita nudez, coloquei uma porta bandeira careca. O mangueirense chegou na concentração vendo uma escola diferente”, disse Vieira na quadra da escola.
Para ele, o que deu o título à escola não foi Bethânia ou a tradição, mas o perfeccionismo e o trabalho do dia a dia.
“A gente refazia tudo se precisasse”, disse o carnavalesco.
Estreante no Grupo Especial, Vieira chamou a atenção em 2015 com um desfile muito elogiado pela Caprichosos de Pilares. Ganhou seis prêmios.
Ele rejeita a ideia de que possa ser um novo Paulo Barros, tido como o carnavalesco mais inovador dos últimos anos. “Não acho que tenho esse poder de mudar o Carnaval”, disse, modesto. “Eu fiz um desfile para a Mangueira ganhar, só isso.”