LUIZA FRANCO
DO RIO
As peripécias do carnavalesco Paulo Barros no desfile da Portela parecem ter impressionado o público, que gritava “é campeã” enquanto a escola passava na avenida.
Havia muita expectativa sobre o desfile. A Portela, maior vencedora do Carnaval carioca, tenta sair de um sufoco de mais de 30 anos sem um título, e tem o carnavalesco que é tido como o mais inovador do Carnaval dos últimos anos.
Com um enredo sobre viagens –bíblicas, literárias, televisivas, virtuais –, Barros inseriu no desfile alguns de seus truques. Antes de a comissão de frente entrar na avenida, um paraquedas com o nome da escola aterrissou na avenida.
A comissão, por sua vez, representava a “Odisseia”, de Homero. Componentes coreografados faziam o papel do mar e lançavam água do capacete.
Um carro representava viagens no mar e os perigos que correm os navegantes. Fiel a sua tradição de criar alegorias humanas, Barros colocou componentes para encenar os movimentos da água.
Outro carro foi dedicado à série “Perdidos no Espaço”. O livro “As Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift, foi representado com um boneco gigante com componentes que o escalavam.
O desfile teve toques de humor. Um carro que representava uma viagem à era dos dinossauros trazia exploradores com um ar desavisado que eram engolidos por dinossauros que surgiam de dentro da alegoria.
De pé quebrado, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), portelense, acompanhou o desfile em frente à bateria.
Antes da Portela, passaram pelo sambódromo a Unidos de Vila Isabel, a Salgueiro e a São Clemente. Desfilam ainda nesta madrugada Imperatriz Leopoldinense e Mangueira.