Cachaça ‘energética’ vendida com mel e sementes de guaraná é sucesso no Carnaval de Olinda

Por blog alalaô

KLEBER NUNES
DE OLINDA (PE)

Olinda também tem Axé. Mas não é o ritmo tradicional do Carnaval baiano. Na cidade pernambucana, Axé é o nome de uma cachaça que faz sucesso nas ladeiras.

A bebida é feita do caldo da cana-de-açúcar misturado a especiarias como cravo e canela. O líquido de cor marrom é colocado em alambiques improvisados, onde permanece descansando durante cerca de dez dias.

“O Axé atinge o teor alcoólico de 12% e deve ser consumido gelado. Só no Carnaval eu vendo mais de 15 mil garrafas”, afirmou Shirley Castro, 35, que herdou da mãe a fórmula da bebida.

O Axé é comercializado em garrafas de 200 ml, 500 ml e de 1 litro. Custam R$ 5, R$ 10 e R$ 20, respectivamente. Na compra, o cliente, ainda, recebe mel e sementes de guaraná para misturar à bebida.

Tanto a produção quanto a venda são feitos na casa de Shirley, que fica na rua do Amparo, no sítio histórico de Olinda.

Esse é o endereço sempre procurado pela educadora física Rhomy Guimel, 47, quando está em Olinda. Natural de São Paulo, mas atualmente morando em Pipa (RN), a foliã experimentou o Axé em 2000 e virou fã.

“É uma bebida energética, que ajuda a curtir o Carnaval nas ladeiras de Olinda e também me lembra o quentão, muito comum em São Paulo, só que aqui é melhor porque é gelado”, disse Rhomy.

A educadora física Rhomy Guimel, 47, conheceu Axé há 16 anos e desde então virou fã da bebiba olindense. (Kleber Nunes/Folhapress)
A educadora física Rhomy Guimel, 47, conheceu Axé há 16 anos e desde então virou fã da bebiba olindense. (Kleber Nunes/Folhapress)

Com tantos fãs, há dois anos foi criado o bloco Eu Axé pouco, que desfila no sábado de Carnaval.

“Este ano, pretendo abrir novos pontos físicos para a venda do Axé durante o ano todo, porque sempre tem gente procurando”, afirmou Shirley Castro.