GABRIEL CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SALVADOR
Os 28 principais hotéis da capital baiana, que mantêm quase dois terços dos 40 mil leitos disponíveis na cidade, estão com 80% de taxa de ocupação nesta sexta-feira (5). A informação é da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), que prevê uma taxa de 95% nos próximos dias de folia.
Segundo o presidente da entidade, Silvio Pessoa, 20 estabelecimentos que estão localizados nos circuitos Osmar (Campo Grande) e Dodô (Barra/Ondina) estão com seus apartamentos completamente lotados para os próximos quatro dias.
“Em 2015 já havíamos registrados um aumento. Este ano, acreditamos que as mudanças no Carnaval, com blocos sem cordas e atrações que contemplam crianças e famílias, têm motivado os turistas”, disse.
Para Pessoa, nem o vírus da zika nem a crise econômica prejudicaram os negócios na folia. Para o empresário, muitos brasileiros trocaram a viagem para o exterior pelo Carnaval, por causa do dólar em alta.
A Secretaria do Turismo do Estado estima que mais de 500 mil visitantes cheguem à capital baiana durante o Carnaval. Destes, 220 mil devem desembarcar no aeroporto internacional de Salvador, segundo projeção da Infraero.
As vendas de abadás para camarotes e blocos também estão em alta. Gerente de uma das principais lojas de comercialização de fantasias, Larissa Teixeira acredita em um aumento de 20% nas vendas.
Apesar dos números animadores, empresários do setor de turismo criticam a malha aérea do país, que, segundo eles, desencorajam turistas.
Passagens até 70% mais caras e rotas com muitas conexões foram as principais vilãs do Carnaval, na opinião das as turistas Sandra Silva e Monalisa Gomes, de Fortaleza.
Elas contam que saíram da capital cearense na quinta (4) ao meio-dia e chegaram a Salvador somente às 2h desta sexta (5), por causa de duas conexões: uma em Maceió (AL) e outra no Recife (PE). Mesmo assim, elas continuam animadas para os cinco dias de folia.