HELOÍSA NEGRÃO
DE SÃO PAULO
Não se espante se ilhas de pigmentos coloridos dividirem o asfalto com confete e serpentina neste Carnaval. Trata-se do gulal, nascido há milhares de anos no Holi, o Festival das Cores na Índia.
O pó, famoso em raves europeias, ensaia virar moda por aqui.
Para os hindus, jogar corante nos outros é uma molecagem de Deus –literalmente. “Krishna jogava corante nos amigos. Isso ilustra o lado mais doce, puro e ‘moleque’ da personalidade de Deus”, diz Krishna Murari, 26.

O publicitário filho de hare krishnas hoje produz 500 kg/dia do pó numa fábrica do interior paulista. Parece muito, mas nas festas vão toneladas de gulal.
“Precisa só de amido de milho e de corante alimentício”, diz Mari Fulfaro, do canal Manual do Mundo. Em tempos de crise, a aposta é que o pó ganhe fôlego também pela vocação inclusiva. “É uma festa em que hindus e muçulmanos brincam juntos”, explica Murari. Imagina na farra?
SERVIÇO
HoliColors.br – cada saquinho de 100 g – R$ 3
www.facebook.com/holicolors.br
Zim Color – kit com seis saquinhos de 100g – R$ 42