Foliões lotam o Largo de Pinheiros com o bloco Vou de Táxi

Por blog alalaô
Foliões ocupam a avenida Brigadeiro Faria Lima no bloco Vou de Táxi. (Gabriely Araujo/Folhapress)

GABRIELY ARAUJO
DE SÃO PAULO

Ao som de sucessos dos anos 1990, os foliões do bloco Vou de Táxi lotaram a avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, na tarde deste domingo (22). A organização esperava cerca de 15 mil pessoas no local.

O público, por volta dos 25 anos, dançou hits nacionais e internacionais de bandas como Molejo, Red Hot Chilli Peppers, Guns N’ Roses e É o Than!.

Duas das fantasias mais comuns eram a de motorista de táxi, com chapéus amarelos, em referência ao nome do bloco, e o uso de coroas de flores, que eram vendidas por camelôs infiltrados entre os foliões.

O cortejo do Vou de Táxi começou por volta das 15h, quando o trio saiu da concentração, próximo ao Instituto Tomie Ohtake, em direção do Largo de Pinheiros. Às 16h30, ambos os sentidos da avenida Faria Lima foram bloqueados, a partir do cruzamento com a Bartolomeu Zunega. Os motoristas que querem ir no sentido Lapa tem de desviar.

A ciclovia da Faria Lima foi ocupada pelos foliões, impedindo a passagem dos ciclistas. À medida que o bloco foi avançando, os bloqueios da CET foram reinstalados. Mesmo com banheiros químicos, alguns foliões estavam urinando em muros e em portas de estabelecimentos comerciais fechados.  Às 18h, o público ocupou o Largo de Pinheiros, fechando a Faria Lima no sentido Vila Olímpia.

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BALANÇO DA FOLIA

Alguns dos foliões que acompanharam o Vou de Táxi fizeram uma avaliação do bloco e também do que acompanharam do Carnaval de rua da cidade.

Para Leonardo Basso, 28, que acompanhou blocos nos bairros de Perdizes, Vila Madalena e Pinheiros, o crescimento do Carnaval de rua é uma oportunidade para os que não podem viajar aproveitarem a folia. “São Paulo não era um pólo atrativo no Carnaval. A multiplicação dos blocos é um ponto positivo para a cidade, é cultura e entretenimento. Algumas coisas precisam melhorar, princialmente para os moradores da Vila Madalena e Pinheiros, mas o Carnaval de rua tem tudo para se tornar tradicional”.

Já para Andreia Pereira, 26, São Paulo melhorou muito na festa, porém precisa de investimentos em mobilidade durante o Carnaval. A foliã esteve somente em festas do pré-Carnaval, e retornou agora para o Vou de Táxi.

André Chiavassa, 22, organizador do bloco Kaia na Gandaia também acompanhou o Vou de Táxi. Para Chiavassa, os blocos tiveram mais suporte da prefeitura, houve mais organização em relação aos trajetos. “O carnaval de rua foi uma grande conquista para a gente, principalmente para nós que somos organizadores. Os moradores precisam ocupar o espaço público, conhecer a cidade. É claro que algumas pessoas acabam desrespeitando, mas isso acontece em vários lugares do mundo. A cidade é feita de pessoas, não de concreto”.