RICARDO BORGES
DO RIO
As fantasias são parte integrante e indissociável do Carnaval de rua do Rio. Durante o ano “normais”, foliões fantasiados vivem, nos dias da festa, a experiência de atrair para si a admiração, a curiosidade e o sorriso alheios, graças a suas produções. Entre eles, há uma espécie de competição velada pela composição mais bonita, mais original, mais caprichada e mais cheia de significados.
À procura das centenas de bloco em desfile, os fantasiados são vistos por toda a cidade. Um dos transportes usados por eles, o metrô foi escolhido pela Folha para retratar policiais, bailarinas, anjos, noivas e outros personagens cheios de purpurina e euforia.
Durante três dias, um estúdio móvel foi montado em vários vagões, entre as estações General Osório (Ipanema) e Praça Onze (Centro). Na maioria das vezes, não era preciso chamar os personagens para serem fotografados. O pano branco no fundo do vagão e a câmera eram suficiente para atraí-los para a brincadeira. Uma brincadeira de adulto com hora para acabar: nesta quarta, ao meio dia, eles dão lugar à vida normal, que volta a lotar os vagões.