ARTUR RODRIGUES
DE SÃO PAULO
Após os foliões serem dispersados por bombas da Polícia Militar na madrugada desta terça (17), o público promete resistir na festa até clarear a quarta-feira de cinzas.
Quando dá o horário limite (1h), os ambulantes são obrigados a parar de vender bebidas. Mas o suprimento próprio trazido pelos foliões garante a permanência até mais tarde.
Um grupo de cerca 20 amigos da Casa Verde trouxe bebidas para ficar pelo menos até as 3h da quarta-feira de cinzas.
“Trouxemos vodka, cerveja, suco”, diz o empresário Kauê Carboni, 24, virando a garrafa da bebida destilada.
Proibidos de permanecer nos arredores da rua Aspicuelta após a 1h, os camelôs que vendem bebida pretendem seguir para áreas próximas.
“Quando sair daqui, vou para o Largo da Batata”, diz o ambulante Alex Sandro Martins da Silva, 33.
Sem chuva, na noite desta terça, a concentração de foliões é tão grande quanto no sábado (14), quando a dispersão do público aconteceu só depois das 6h.
Na falta de blocos, os foliões batucam e cantam. Outros formam cordões em que insistem para beijar as meninas que passam –enquanto umas aceitam a abordagem outras fazem de tudo para escapar do cerco.