Caçula do Grupo Especial, a Grande Rio encerra o primeiro dia de desfiles das escolas de samba contando não só a história do baralho usado em jogos e diversão, mas também das cartas divinatórias, do tarô de Marselha e do baralho cigano de Madame Lenormand.
Apesar de já ter chegado perto da vitória diversas vezes, a agremiação ainda busca o primeiro campeonato. O título do enredo deste ano, “A Grande Rio é do baralho”, intencionalmente dá margem ao trocadilho.
“O enredo fala das cartas do baralho e da sua simbologia”, explica o carnavalesco Fábio Ricardo, que estreou na escola no ano passado.
O primeiro dos seis setores terá o embaralhar das cartas como tema. “Nesse mundo lúdico de embaralhar as cartas, aparecem personagens que fazem parte do mundo mágico das cartas, como curingas e personagens do reino da ‘Alice no País das Maravilhas'”.
O segundo momento é a divisão dos naipes em classes: paus espadas copas e ouro, cada um representado por uma fantasia, sendo o ouro o mais luxuoso. A bateria representará a carta de número 31 do baralho do sol Lenormand. O resto do desfile falará de diversos tipos de carta: tarô, ciganas e astrológicas. No carro do tarô de Marselha, haverá acrobacias circenses.
A alegoria do baralho cigano (Lenormand) será a escultura da cigana Madame Lenormand, cartomante que supostamente previu a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte.
O desfile será finalizado com a “grande cartada da Grande Rio”, como descreve Ricardo: cenas de jogos de praça que envolvem cartas com a participação da comunidade de Caxias.
Thiago Diogo vai liderar os ritmistas da bateria, cuja rainha será a atriz Susana Vieira, 72, e o rei, o promoter David Brazil.
Antes da Grande Rio, passou pela Sapucaí a Viradouro, Mangueira, Mocidade, Vila Isabel e Salgueiro. Na noite desta segunda-feira (16) acontece o segundo dia de desfiles das escolas do Grupo Especial: São Clemente, Portela, Beija-Flor, União da Ilha, Imperatriz, Unidos da Tijuca.