DE SÃO PAULO
O bloco Jegue Elétrico, que satirizou a crise da água na marchinha deste ano, terminou sob chuva forte em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
“Essa chuva não é problema, é legal que chova bastante, porque temos também a marchinha da inundação”, disse o projetista de áudio João Miguel Torres Galindo, 49, um dos organizadores do bloco.
“A gente tenta resgatar o Carnaval paulistano antigo, só com marchinhas autorais. Não buscamos público, buscamos qualidade”, afirmou Galindo. A expectativa do bloco, que sairá na tarde desta segunda (16) da praça Roosevelt, no centro de São Paulo, é reunir cerca de 7.000 foliões.
O bloco, que completa 15 anos, sai às ruas com 18 músicos e ao menos outros sete auxiliares. O músico profissional Teo Menezes toca caixa. “É uma satisfação grande, porque a gente trabalhou para ter esse público”, diz. Porém, ele acredita que ainda há “resistência” aos blocos de rua em São Paulo.
A psicóloga Juliana Saldanha, 36, foi ao Jegue Elétrico pela primeira vez e aprovou. “O Carnaval de São Paulo está com música boa, dá para dançar e curtir.”
A marchinha deste ano, que está na boca dos foliões, diz: “Não quero saber se o volume tá morto/ Se a seca do Nordeste/ vem pras bandas do Sul/ Eu tenho certeza e disso eu não me engano / Vou espremer calcinha e beber água de pano.”